25 agosto 2014

Música Brasileira

(Texto cedido ao Attitude23)

Muito se tem discutido nos últimos tempos a respeito da qualidade das letras de músicas que veem sendo produzidas no país. Tal discussão tem gerado muitas polêmicas, já que aqueles que defendem essas letras da atualidade, como o funk ostentação por exemplo, não admitem criticas.
As letras de músicas hoje são muito pobres em elaboração. A preocupação maior dos compositores é com a sensualidade.  Uma música não precisa levar o ouvinte a pensar sobre a letra, basta fazê-lo se movimentar. Daí a preocupação dos críticos com a mensagem que é passada por esses novos estilos musicais, não desenvolvendo um carácter crítico nas pessoas, deixando-as alienadas.
Na atualidade não é preciso pensar muito para se criar uma letra de música que fique no topo das paradas de sucesso. Basta escolher uma ou duas palavras e acrescentar muita batida, como  é o caso do "Créu". Isso acontece em função da falta de criticidade das pessoas enquanto cidadãos, que não percebem ou mesmo ignoram o impacto negativo que tais músicas causam.
A diversidade cultural do Brasil propicia a variedade de ritmos e sons e isso é bastante produtivo, até mesmo edificante, enquanto formador de identidade nacional. Contudo, se voltarmos no tempo, podemos nos lembrar  do conteúdo das músicas das décadas de 60 até 90, em que as mensagens eram ou romanticas e sensíveis, ou revolucionárias e reivindicadoras. É verdade que alguns artistas e bandas ainda conservam essas características, mas devemos concordar -infelizmente- que após os anos 2000, a apologia ao sexo, crime, ao descompromisso social, a imoralidade e o desrespeito assumiram as letras de músicas, tornando-se uma influência negativa para jovens e até mesmo crianças. Assim nos torna inevitável questionar o que aconteceu e se somos capazes de mudar essa situação.


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