22 março 2015

Manifestantes ou Fantoches?!

Fala galera, hoje trago algo que geralmente não fazemos mas como hoje se completa uma semana depois dos protestos e esse texto traz de uma maneira ímpar o que realmente tudo isso representa, então, tudo certo, nada resolvido, bora lá:
Obs.: O texto é redigido pela Pequena23.

Hey Guys!


Hoje quero falar do Gigante que acordou, novamente.

Domingo, 15 de Março, assistimos à várias manifestações por cidades em todo o país. 
Na primeira vez em que isso ocorreu (Que acabou sendo apenas pelos R$ 0,20 centavos, mesmo), eu estava muito entusiasmada, fascinada, orgulhosa. De verdade, nunca havia me sentido tão satisfeita com a coragem e ousadia do povo brasileiro. Mas infelizmente essa união foi sendo minada por objetivos pessoais de determinados partidos e, o que era para ser um marco de uma grande mudança na política do país, acabou por se transformar em uma grande farofa.
O povo brasileiro é um povo sonhador, que se apega muito fácil, que perdoa, apesar de não esquecer onde foram calejados.
Na eleição, comovidos por discursos emotivos, por sonhos, por uma falsa visão, deram mais uma chance, acreditaram mais uma vez em quem jurava, que poderiam confiar.
Após isso, toda a sujeira que estava debaixo do tapete, acumulada; abafada; socada, veio à tona. E mais uma vez o povo viu-se traído, assim, tão rápido, e sem nada para amortecer a grande decepção.
Novamente é decidido tomar às ruas, mostrar o quanto, unido, esse povo se mostra grande.
Se não estou orgulhosa por este ato?
Vejamos bem: Acho muito corajoso, muito intenso e maravilhoso ver o povo se unir em prol de algo maior. Mas vejo acontecer nessa manifestação, o mesmo que fez a anterior se dissipar, a presença de partidos.

Como bem disse a nossa PresidentE Dilma Rousseff, "a corrupção não nasceu hoje". E é obvio que o povo sabe disso. O problema é que, como já disse, o povo brasileiro tem um coração bom e tem o terrível defeito de acreditar de novo e dar mais uma chance. Mas tudo tem limites.

Por saberem da fraqueza desse povo que ama esse verde e amarelo e, que apesar de tudo, não desiste, mas acredita no seu pais, é que alguns políticos se infiltram tanto nessas manifestações, quanto no coração dos mais sensíveis a fim de levar esse direito por mudança e esclarecimentos, por um viés tortuoso no intuito de tirar proveito de tudo isso pra si.

Como eu disse certo dia, a PresidentE Dilma Rousseff tem sido uma piada a si mesma uma vez que outrora, tendo lutado nas ruas pelo fim da ditadura, se depara, agora, em seu governo, com o povo indo às ruas e clamando pela intervenção militar.
Esse fato foi, inclusive, lembrado pela própria PresidentE em seu discurso em resposta às manifestações.

E é exatamente nesse momento que não me sinto representada pelo clamores das ruas. É ai que se encontram mascarados pequenos e traiçoeiros lobos.

O ato da manifestação já começou dividido. Isso para mim é considerado uma falha na base e uma brecha, incrivelmente convidativa, para os sangue-sugas, mal intencionados, de plantão.
À principio, queria-se o impeachment da PresidentE Dilma Rousseff (o que aliás, ainda consta em pauta), mas logo percebeu-se um impasse: quem assumiria? Michel Temer? Não parece, a ninguém, uma opção.
Alguém gritou, lá do fundo: -"Intervenção Militar!!!".  -"Sim" pensaram outros, -"Parece uma saída".
Os termos "Intervenção Militar" e "Governo Militar" são eufemismos de Ditadura. 
Não, Ditadura a maioria, acredito, não quer. -Mas intervenção militar não é bem isso.  Alguém falou. -É só o exercito nas ruas e fiscalizando os escândalos de corrupção.
Acredito que devido ao desespero e descontentamento, somos levados a uma autossugestão que em outro momento jamais seria concebível. Vejo os pedidos de Impeachment e "Intervenção Militar" dessa mesma forma. O povo já está tão esgotado de acreditar e se decepcionar a ponto de gritar por algo radical, talvez pelo fato de isso soar com tom mais amaneirado. Não os culpo.

Ouviu-se ainda quem gritasse pelo terceiro turno. Para colocar quem? 
Nesse barco da corrupção não existe partido menos ruim ou menos pior, ou um pouco mais santo que outro. Todos mamaram. Ganharam para manter a sujeira quentinha e protegida.
O partido que empareia-se ao PT é tão sujo e tão corrupto quanto o próprio partido em questão. 
Indevidamente alguns dos seus membros foram absolvidos, sabe-se lá Deus por quê e por quanto.
Além do mais, imaginem a bagunça que seria se em todas as outras eleições onde, apenas por causa de uma parcela insatisfeita, fosse clamado novamente e novamente por outro turno. Iria virar bagunça, desordem, confusão. Não é assim que deve funcionar.

Algo que até em tão não havia notado, mas meu marido logo me chamou a atenção,  foi para o seguinte cenário: Na primeira manifestação quando lá no começo estávamos putos com o contexto político geral, incluindo o PSDB, que aliás, foi uma das fagulhas para toda a explosão, houve agressão por parte da polícia contra manifestantes. Claro, o Alckmin foi bem claro ao dizer que não aceitaria isso, mas claro, camuflando sua declaração em atitudes (más atitudes), de quem só estava ali para "causar".
No entanto na recente manifestação que lotou as ruas, não houve nenhum tipo de represália. Por quê? Porque ouvia se gritos de Impeachment, intervenção e terceiro turno. E claro, isso não teria por que o atingir, pelo contrário. Políticos do mesmo partido tiveram a cara-de-pau de vestir a camisa e sair às ruas gritando, misturando suas vozes ao do povo.

Vi alguém dizer, que não é por causa de tudo isso que essa manifestação deve ser desvalorizada. Queridos, acredite, não é. Não estou desvalorizando, tão pouco desmerecendo. Longe de mim isso.
Quero deixar claro, antes de tudo, que não sou simpatizante do governo atual nem convincente com nenhum outro partido.
O que me deixa triste ou melhor, o que evita que me sinta feliz com toda essa mobilização, é ver as pessoas sendo usadas, manipuladas por esses cínicos que fingem, na maior cara dura, que a conversa não é com eles. Que essa prosa não tem a ver com eles.

Parece que aprenderam rápido que o problema não é deles,  não viram nada, não sabiam de nada...



Obs. final: Esse texto foi originalmente publicado em http://tudoeporranenhuma04.blogspot.com.br/2015/03/manifestantes-ou-fantoches.html

19 março 2015

República: Metal de Responsa

Olá meus caros patriotas, com saudade de nós? Bom, espero que sim pois também temos sentimentos e sei que vocês tem pressa, sendo assim, vamos ao que interessa.
Quem curte um som e vai em festivais e coisas do nível de rock sabe que muitas vezes acabamos conhecendo grandes bandas do underground neles, e foi assim que descobrimos o República
A historia não é longa por isso vou contar e não se atreva a pular esse parágrafo!No aniversário de São Paulo (dia 25/01 para os mais desavisados) houve um festival na Cidade Matarazzo nomeado com o criativo nome de Rock Na Cidade, esse festival foi organizado pela Prefeitura de São Paulo, a rádio 89 e também a Cidade Matarazzo... O festival começou cedo, 10 horas da madrugada de um domingo. No line-up do festival tinha muita coisa interessante mas não era possível assistir tudo por causa de compromissos a noite e também por causa do sono matinal. Resolvemos que iriamos a tempo de ver o Mattilha que se apresentaria ao meio dia e meio no Palco Pinhal (sim, foram vários palcos) mas por motivos de sono maior, acabamos atrasando e chegando depois da apresentação da cachorrada, na verdade chegamos ao fim da apresentação de uma banda que aparentemente era muito bacana, o Hammerhead Blues. Como tínhamos um tempo vago até os compromissos noturnos, resolvemos ver o show da próxima banda que seria, adivinhem... O República! 

Não conhecíamos nada da banda mas estávamos de mente aberta para o show e sinceramente, do fundo do coração, valeu muito a pena, man! As musicas autorais, que infelizmente ainda desconhecíamos, nos impressionaram mas os caras também soltaram alguns covers ( Killing On The Name do Rage Against The Machine, Enter Sandman do Metallica e TNT do AC/DC estão entre eles) em versões insanas que fez o publico viajar e viajar além, eu faço parte dos que foram além.
Enfim, Republica é uma banda Heavy Metal mas com um tom de thrash, me lembra em certas partes o Iced Earth e em outras o Metallica por conta do peso ser de certa forma limpo.
Os caras trazem 3 álbuns de estúdio, República de 1996, There's No Fucking Eletronic Modern Loop de 2007 e Point Of No Return de 2014, este ultimo não para de tocar aqui em casa.

Point Of No Return é um álbum coeso e todo proporcional me trazendo muito a mente, como já mencionei os trabalhos do Iced Earth, da era Dark Saga, manja?! Também como já falei, esse álbum tem aquela porrada limpa que o Metallica consegue fazer. As letras são em inglês e tratam de sentimentos cotidianos mas de uma maneira heavy metal, se é que me entendem... A produção é de primeira linha não devendo em nada para bandas gringas, aliás a produção ficou a cargo de Roy Z (que já produziu álbuns até do Bruce Dickinson) que também tocou guitarra na musica Goodbye Asshole.
A atual formação do República é, Leo Belling no vocal, Luiz Fernando Vieira e  Jorge Marinhas nas guitarras, Marco Vieira no baixo e Fernando Rensi na bateria. Todo o instrumental é de qualidade e de peso combinando perfeitamente com o vocal roco. Os caras já tem um bom tempo de carreira como podem ver pelos anos de lançamento de seus álbuns, já tocaram no Rock In Rio e até já abriram para o Deep Purple mas como sempre repito, precisam de reconhecimento lá fora para ser reconhecidos aqui...
Finalizando, valeu muito a pena esperar o show do República naquele dia e tenho certeza que se você parar para ouvir essa banda irá achar que valeu muito a pena esse tempo usado.