01 junho 2017

O Minimalismo Não é o Mesmo Que Ruim

E ae povo, pensei e repensei em como iniciar esse texto mas não pensei em nenhuma forma melhor de faze-lo, então começo na sinceridade, porque aqui nós é humilde.
Pois é, foda-se!
O que quero falar hoje é sobre a mentalidade de alguns cidadães que se dizem rockeiros, ou seja lá o que for como o infeliz se autointitula. De como eles consideram algo bom ou ruim, isto é (sempre que vejo "isto é" ou um "ou seja" em algum texto, lembro dos livros de geografia que eu tinha no colegial), o que faz esse ser humano acreditar que uma banda é boa ou ruim.
Para começar quero falar de como cheguei a isso e foi da mesma maneira que qualquer pessoa pode descobrir o ódio, pelo Facebook. Pela página do Whiplash para ser preciso. Lá, quando se abre uma noticia sobre alguma banda punk ou de um gênero que toque algo minimalista o que mais se encontra é comentários falando mal da bandas e ainda comparando a Dream Theater (não sei porque mas sempre tem um inteligentão que compara a banda ao Dream Theater e diz "que não toca nada porque não se esforça como John Petrucci").
John Petrucci tirando leite de guitarra por masturbação.
Quando vejo esse tipo de coisa sempre lembro de uma entrevista do Renato Russo onde ele falava que quando o Renato Rocha saiu da banda, ou saíram com ele, nos testes com outros baixistas, eles explicavam pros caras que queriam um baixo simples, uma nota e tals, daí os baixistas reclamavam "vão pensar que eu não sei tocar" e acabavam declinando da banda. O Legião Urbana fazia um som minimalista, não porque os caras não sabiam tocar, ou algo do nível mas porque essa era a proposta da banda.
Uma banda como o Nirvana, que escolhia um tom mais de garagem, sujo, simples e honesto tem como proposta ser exatamente isso e soar assim tanto em álbum como no show ao contrário de algumas bandas mais virtuosis que gravam trozentas guitarras e vocais no álbum e não consegue reproduzir isso ao vivo. Nem um caso, nem outro provam que a banda é boa ou ruim. Aliás, quem prova se uma banda é boa ou ruim? Você ou eu? Quem somos pra atestar a qualidade de algo? Isso mesmo, porra nenhuma!
Vou falar meu ponto de vista quando gosto ou não de algo, primeiro de tudo eu procuro o feeling da parada, pois qualquer tipo de arte precisa de feeling, de sentimento. A musica mais do que tudo precisa disso, é a trilha sonora de nossas vidas, aquele som precisa te mostrar o que aquele cara quer te falar e romper toda e qualquer barreira que você imponha. 
O pós-punk nos traz aquele sentimento de tristeza, de se sentir incomodado mesmo que estejamos com raiva. Quando pegamos um álbum do Joy Division para ouvir, é exatamente isso que encontramos. É esse o feeling que a banda quer passar, mesmo com um som simples, em momento nenhum você vai ouvir o guitarrista da banda metendo notas sem parar como se não ouve-se amanhã mas isso não tira o mérito do cara em te passar a dor daquela musica.
O Dream Theater (que todo mala ama citar) é virtuosismo puro e eu amo isso mas essa é a proposta da banda e em suas melhores fases eles conseguiram aliar virtuosismo a feeling, algo que se encontra em Metropolis Pt. 2 por exemplo.
Mas finalizando, seja virtuosismo, seja minimalismo, ou seja sua mãe aquela puta, o que vale é você curtir, é ser bom de ouvir. Motorhead e Ramones são extremamente fodas, assim como Dream Theater e Emerson, Laker e Palmer. Cada qual faz bem feito aquilo que se propõe, nenhuma dessas 4 bandas exemplificadas deve nada a outra pois são bandas que tocam um som honesto. Antes de comparar dois tipos de som que em nada tem haver, saiba que até os caras do Dream Theater curtem algo mais simples pois eles entendem para fazer algo mais simples tem que entender muito bem o que se está fazendo.

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