13 setembro 2017

Review23: Deathgasm

O melhor do Netflix não é o que mais faz sucesso, tudo bem, tem ótimas produções da marca como séries e filmes e documentários e reticencias, porém, o mais interessante nessa plataforma são os filmes B de terror. Se você é como eu e faz parte desse seleto grupo de apreciadores dessa arte da desgraceira, procure no Netflix sua próxima esperiencia gorífica (viu, tornei gore um verbo), certeza que irá encontrar alguma produção de valor mais barato do que o que você paga de mensalidade e de qualidade que chuta esses filmes de terror Nutella (feitos para agradar um bando tomadores de Ovomaltine) bem no meio dos ovários enquanto digere suas tribas com molho barbecue.
Toda essa introdução foi para dizer que nas minhas buscas por coisas putrefatas eu encontrei Deathgasm, uma produção da Nova Zelândia, lançada em 2015. O filme traz aquele tipo de terror que mais amo, gore até o osso mas com uma boa dose de humor negro, aquela pegada que o Uma Noite Alucinante (EvilDead) nos traz a décadas. O bom daqui é que o humor negro não fica naquele tom presunçoso do que é chamado humor negro nos últimos tempos, o humor negro daqui é podrera e fanfarrão, com direito a matança de zumbis sendo trucidados por pintos de borracha. É muito humor negro cara.
Escrito e dirigido pelo mesmo cara, Jason Lei Howden, o filme mostra exatamente o que a história que contar. A história por sua vez é recheada de referencias ao metal como um todo, até mesmo ganhando citações aqui e alí de bandas. Tudo começa em uma loja de vinis quando dois caras fazem amizade, com tempo criam uma banda e depois de várias confusões acabam descobrindo uma partitura com a musica proibida, depois de toca-la, acabam invocando um demônio e todo o inferno sobre a terra.
Muito mais coisas acontecem mas não quero ficar spoilando a porra toda aqui, o ideal é deixar você, adorador da desgraça alheia, curtir o roteiro por si mesmo mas um pequeno conselho, assista tudo pois até cena pós crédito aqui tem. 
A atuação é o que se pode esperar, não é o que faz um ator ganhar um Oscar mas também não rende uma tomatada. Sendo que Milo Cawthorne, que faz Brodie, o personagem principal, lembra o Edu Falaschi, só que mais jovem, coisa que não é tão difícil já que o Falaschi está a cada dia mais clássico, para não dizer velho. 
Enfim, eu curtir bastante esse filme, pois é tão difícil ver algum tipo de mídia usando o metal como algo importante em seu roteiro que me senti até representado por um personagem alí. Sério, nenhum outro filme explicou tão bem a sensação de se ouvir heavy metal como esse e isso é tudo.

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