23 março 2018

Imagem Não É Nada, Pink Floyd É Tudo

Sede não é nada, imagem é tudo. Na verdade esse slogan bem batido está errado, imagem é muito importante mas a sede conta mais, assim como na musica, muitas bandas fizeram um uso incrível da imagem mas se a musica não fosse boa, nem ia adiantar de nada. Mas hoje quero falar exatamente disso, de bandas que usaram a imagem tão bem que a deixaram incrustada na cabeça de todos, até mesmo na de quem não curte um som.
Que o rock sempre fez um ótimo uso da imagem, isso não é segredo para ninguém, tanto que o que faz sucesso hoje em dia, em distintos estilos musicais, traz muita informação visual do rock, dá uma olhada nos cantores de sertanojo da moda pra ver, de camisa de flanela a causa rasgada, está tudo lá.
O fato é que o uso da imagem, gerou um certo marketing e gente como David Bowie e Doors sacou isso, gerando clips e figurinos, além de capas de álbuns que entraram para o imaginário pop. Muita gente não ouviu uma unica música do álbum Aladdin Sane (ou mesmo não sabe nem que esse é o nome do álbum) mas reconhece de cara que é do Bowie aquele raio cobrindo o olho.
Antes deles Roy Orbison, Elvis Presley e depois os Beatles foram modificando a moda em geral com seu jeito de se vestir e até mesmo de se portar. Por falar em moda, essa danada vive bebendo da fonte do rock n' roll, até mesmo o black metal já serviu de inspiração.
Modelo em um desfile do estilista Herchcovitch, ah se tu cruza-se com os caras do Inner Circle.
Mas tudo isso que eu falei são coisas que o ser humano precisa de algum conhecimento de musica de qualidade para saber que a referencia vem do rock e assim ganhar um carimbo do Capitão América. Algumas bandas trabalharam tão bem sua imagem que isso transcende a ignorância musical e chega até os mais analfabetos musicais. Iron Maiden, Rolling Stones, Slayer, Metallica, Motorhead, Ramones, Sex Pistols entre tantas caralhadas de outras conseguiram essa façanha mas aqui quero falar do Pink Floyd, como você percebeu no título lá em cima. Sim, o título é aquela parte que você lê antes de fingir que leu a matéria inteira para xingar.
Essa banda entende tão bem de como utilizar a imagem que é dona de uma das capas de álbum mais emblemáticas do rock, do Dark Side Of The Moon. Uma capa que é apenas um prisma triangular em fundo negro atravessado por um raio de luz, sem logo da banda ou título do álbum, apenas a imagem. Mesmo com toda essa ausência de informação, essa capa é conhecida de todos, mesmo quem não curta rock sabe o que é essa imagem. Essa arte descreve bem o que será encontrado no álbum.
Pensa bem com o tio aqui, quantos álbuns que possui uma capa sem nenhum tipo de informação escrita que você conhece? Agora vamos além, quantos álbuns possui uma capa que mesmo as pessoas que nunca ouviram uma música sequer do álbum, sabe de quem é? Pois é.
O mais interessante é de capa não é só essa a importante, temos The Wall com aquele muro em desenho minimalista com nome de banda e álbum escritos como numa pichação, The Division Bell trazendo mais uma vez uma capa sem informações escritas entre outras tantas.
Mas os caras utilizam bem a imagem em outras coisas, como clips e o filme The Wall.
E o mais importante, em shows. Um grande exemplo, aquele telão redondo no palco, nunca conseguirei assistir a qualquer show ou evento com um telão daquele sem lembrar da banda. Não sei dizer se eles foram os primeiros a usar esse artefato em seus shows mas foram os que mais marcaram o equipamento, assim como no caso das projeções que bem antes gente como David Bowie já utilizava em seus shows, o Pink Floyd soube usar de uma maneira tão ímpar que basta ver uma projeção em um muro pra já esperar começar ouvir Comfortably Numb.
Como bem já falei, imagem é algo muito importante no rock e todos nós sabemos disso, seja em capas de álbuns ou no modo de se vestir, o rock usa a imagem de maneira ímpar e isso o torna tão completo quanto é e o Pink Floyd é uma prova de que sabendo usar bem a imagem, ela fica atemporal, transpassa gerações como uma boa obra de arte deve fazer.

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