05 maio 2018

Terminei: I Am Alive

E ae vocês tudo. Espero que estejam bem, eu estou um tanto quanto melancólico, minhas ferias acabaram e estou mais velho... Ok, você não veio até aqui para ler reclamações e lamúrias mas respeite minha dor. Ou não, eu sei que ambos não ligamos.
Falando em melancolia, vou falar do ultimo jogo que terminei, I Am Alive, jogo que foi inicialmente programado pela Darkworks, passando para a Ubisoft que no fim o publicou em 2012 para Playstation 3, XBox 360 (versão que joguei) e PC. Acredite, isso é tristeza pura, tanto por querer e também acidentalmente.
Falar primeiro da parte intencional da penúria. A história e a ambientação do jogo são tristes, uma cidade devastada por algum tipo de evento que deixou como sequela uma névoa tóxica no solo. Tudo são cinzas e o cinza predomina na paleta de cores e nos valores morais.
Aqui o seu personagem não é exatamente um herói, ele é um sobrevivente a procura de sua família, tendo que interagir com outros sobreviventes, sendo que alguns estão tocando o terror, outros protegendo seu território e há ainda aqueles que nem querem problemas mas em um ambiente sem leis são obrigados a duvidar de você e caso ultrapasse seus limites, precisam se defender... Não posso deixar de citar ainda os que precisam de algum tipo de ajuda, que caso você resolva bancar o humanista e doar algum escaço item de sobrevivência, ganhará uma fita para usar na sua câmera, uma espécie de karma bom já que essa fitas funcionam como continues. Isso mesmo, continues, aqui quando se morre, para voltar do ultimo checkpoint é necessário usar uma dessas fitas, como se estivesse regravando a cena em questão, caso acabem, volta pro início do capitulo e começa tudo de novo.
A história é toda contada do ponto de vista do que foi filmado nessa câmera do nosso personagem, em forma de diários de sua busca. Sendo que sempre está claro que há alguém assistindo até chegarmos a um final estarrecedor.
Mas deixando os spoilers de lado e voltando ao gameplay, outra coisa a salientar é o fato de podermos blefar e os outros sobreviventes também. Como já falei e repetirei, as balas são escassas e por isso você vai andar por muitas vezes com uma arma sem munição, isso não quer dizer que os inimigos saibam, ou seja, ao apontar a arma para alguém, mesmo sem nem uma bala Juquinha, fará com que o adversário se renda. Em caso de um bando, o que você apontar a arma paralisa e fica te enrolando, enquanto os outros, claramente duvidando que esteja munido, vão ganhando espaço para tentar te surpreender. Alguns sobreviventes, principalmente os que não querem altas confusões, vão te apontar armas e pedir para que saia do seu território, algumas vezes essa arma pode estar sem munição também.
Tudo que falei aqui da a impressão que é um jogo incrível e é aí que chegamos a tristeza involuntária. 
Toda a idéia do jogo é genial, porém, extremamente mal executada. Os controles são falhos e muitas vezes rola um atraso nos comandos, o que fode ainda mais as coisas por conta das partes de escalamento, a inteligência artificial dos inimigos não é das melhores e é mais fácil ganhar os embates por conta de suas falhas de programação do que em batalha do modo que o jogo propõe. Os gráficos são ruins, lembrando ser da geração anterior a que ele foi lançado. Os personagens se movem de uma maneira dura, parecendo que estão andando com uma pedra de gelo em seus genitais. 
Quando pensamos em toda essa coisa de blefe, esperamos uma boa expressão no rosto dos personagens, seria bem legal tentar estudar pelos seus rostos o que escondem ou não, maaaaaas os bonecos do GI-Joe que brincávamos quando criança nos demonstravam mais credibilidade cênicas do que os personagens desse jogo. Todo mundo tem a mesma expressão em todo momento, aquela cara de OK saca? Daí você aponta uma arma pra um e ele OK, você vê alguém desesperado por estar sendo mantido refém e OK, você vê outro com a mãe morrendo por falta de medkit mas OK, você enfia um tiro no cu do cidadão e OK!
Vou dizer exatamente o que pensei ao terminar esse jogo: 
"Porque a porra da Ubisoft não financia um reboot dessa porra para ele ser lançado como deveria ser?"
Se tudo nele acontecesse como deveria, iria se tornar uma franquia importantíssima. A história é legal, os dramas morais e toda a decadência que encontramos são muito interessantes mas nem sempre bem abordados. Toda a idéia do gameplay é única, apesar de conter alguns clichês. 
A maturidade desse jogo o colocaria fácil ao lado de outros jogos como Last Of Us que exploram temas mais adultos. Porém, infelizmente, não foi e parece que nunca será trabalhado como deve.
Uma pena. Fico por aqui ainda mais melancólico por isso.

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